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Prioridades na vida

Necessidades inquestionáveis e oportunidades ocultas

"O que torna belo o deserto, é que ele esconde um poço de água em algum lugar..." (Antoine de Saint-Exupéry)

Para estabelecer prioridades na vida da comunidade, é preciso conhecer os objetivos e concentrar esforços. Identificamos necessidades inquestionáveis e enxergamos oportunidades ocultas para ajudar nas decisões e ações que dão vida à sustentabilidade para o bem viver no Jardim Sulacap.

Justiça Comunitária - convivência, ordem e segurança cidadã
Rua Caratuva, APA do Morro do Cachambi.

Acreditamos veementemente que já é hora de ir além das estatísticas criminais como nossa única medida de segurança da comunidade.
É necessário zelar pela integridade física e moral dos jardinenses, pela ordem urbana e cumprir as posturas para eliminar ameaças da violência sobre a população e proteger os bens comuns, como as praças (como Dom Hélder e Fernando Petico), as Áreas de Proteção Ambientais (Valqueire e Cachambi, especialmente na Trilha/Rua Caratuva), a zona de amortecimento do Parque da Pedra Branca (Área de Proteção Integral) próximo ao Jardim da Saudade, os pontos de floresta, a biodiversidade, a paisagem, o modo de vida conectado às áreas verdes, o respeito aos limites ambientais e o conhecimento da necessidade de fornecer espaços comunitários seguros onde os jardinenses e demais cariocas possam interagir uns com outros e integrar recursos para saúde comunitária e prevenção da violência nesses espaços.
É necessário a inspetoria da GM (Bangu) atuar nas áreas identificadas pela comunidade como pontos quentes, para, de fato, garantir a convivência pacífica e harmoniosa. O trabalho de ordem cidadã é fundamental para apoiar a capacidade do jardinense de progredir para uma comunidade mais coesa, igualitária, solidária e resiliente.
A segurança física é uma das grandes preocupações dos jardinense-sulacapenses, como é também dos demais cariocas. Há muitos que relatam sentir-se inseguros em áreas com perigos em potenciais, como iluminação fraca, falta de podas de árvores, lixo nas ruas, ruas vazias.
Foi pedido serviço de segurança física adequado à realidade da comunidade. Há o Programa de Polícia de Proximidade, mas ainda há muito o que fazer, pois há necessidade que o Programa faça parceria com outros órgãos (como a GM, por exemplo) para previr e reduzir crimes, bem como promover segurança.
Nas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança, os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP 14) aparecem como justificativa para não oferecer o serviço público de segurança adequado à realidade da comunidade. Isto porque comparado com outros, o Jardim Sulacap é relativamente mais calmo e seguro: uma Suíça tupiniquim (justificada para não receber um plano integrado de segurança cidadã).
É preciso que haja uma proposta consistente e articulada de orientação para problemas demandados, uma preocupação com ordem, eficiência e distribuição de recursos para ajudar a comunidade na tomada de decisão estratégica. 


Melhoria, manutenção, regeneração e ativação dos espaços comunitários
Há a necessidade de abordar questões de qualidade de vida e bem viver, incluindo áreas verdes mal conservadas, perda de habitat, alagamentos, praças detonadas e outras questões, que afetam negativamente as percepções de segurança e contribuem para sentimentos de descaso e desrespeito.
Importa à comunidade a regeneração da floresta no Morro do Caxambi. Em 2016, uma extração predatória abasteceu o legado das Olimpíadas do Rio de Janeiro 

A manutenção do sistema de drenagem das águas da chuva para resolver os alagamentos nas Ruas Alberico Diniz, Vicente Neiva, José Sardinha, Estrada Japoré e Pça. Mário Saraiva, entre outros locais. A gestão das águas é super bem-vinda! Às vezes alguns moradores ficam com água na canela ou até o pescoço devido ao inadequado funcionamento dos componentes do sistema de drenagem.

Gestão das águas é bem-vinda na Rua Vicente Neiva.


Resiliência frente chuvas importa à Rua José Sardinha (Foto: Fátima, 2019).


As praças precisam de adaptação e manutenção.

É necessário instalar mobiliários urbanos confortáveis, atualizados, esteticamente bonitos e que dure mais do que quatro ou mais eleições municipais e que reforcem a identidade cultural do bairro-jardim em vez de soluções padronizadas e até burlescas. ´


O governo deve garantir a manutenção, colocando em prática a Lei 8.666/93 e a NBR 16.071-2:2012, para prevenir e, assim, evitar riscos de acidentes. 

Acessibilidade urbana para um bairro-jardim mais caminhável. Segundo pesquisa de 2013, 99% dos jardinenses não eram atendidos por um serviço adequado de acessibilidade, pois faltavam rampas de acessibilidade. Nada foi feito ainda até dezembro de 2022.

Av. Alberico Diniz, na altura da Escola Municipal PM Flávio. 

Ao longo da Av. Alberico Diniz e Estrada Japoré também não há canteiros rebaixados de acordo com o padrão NBR 9050

A produção de alimentos orgânicos no bairro para segurança alimentar




Segundo dados do Atlas Brasil (2010), 44% da população de 18 anos ou mais idade ganhavam até três salários mínimos. O salário era R$ 510,00 (IBGE, 2010). Porém, conforme o DIEESE, na época, o salário suficiente para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 2.227,53. Em 2018, o salário mínimo era R$ 954,00 e o salário suficiente deveria ser R$ 3.960,57 em dezembro. Em 2021, o custo da cesta básica consumiu 60,2% do salário mínimo de R$ 1.100,00 e o necessário deveria ser R$ 5.315,74.

A pandemia de Covid aumentou a demanda  por alimentos saudáveis. Assim, preços de alimentos, crise financeira causada pela corrupção e pela incompetência administrativa de grupo político, crise no transporte, conflitos armados, mudanças climáticas e crises na saúde podem sujeitar boa parte dos sulacapenses. Seja qual for o motivo, agricultura urbana para aumentar a resilência do bairro importa à comunidade

Conexão, segurança e cuidado uns com outros - mais sensíveis ao redor de nós 
As diversas praças jardinenses são verdadeiramente pontos de encontros que ajudam e muito a estabelecer relações e conexões sociais. E é uma forma dos próprios moradores criarem segurança e de cuidarem uns dos outros.
Quando há vizinhos assistindo as crianças brincarem no parquinho, ou a oportunidade de trocar palavras, entendemos que isso contribui para gerar familiaridade e confiança e, consequentemente, gera senso de comunidade. Deveria ser natural os vizinhos trabalharem colaborativamente.
Porém, o bairro está sendo incentivado a crescer, há novos residentes, muitos são altamente dependentes do poder público e muitas vezes os jardinenses se sentem sem apoio de recursos externos. É necessário manter sempre os espaços comunitários seguros onde os residentes possam interagir de forma positiva uns com outros, integrar recursos para criar um bairro mais seguro, bonito, saudável, solidário, resiliente e sustentável para habitar e bem viver.

Segundo estudo realizado no entorno da APA do Morro do Cachambi, muitos moradores tinham consciência da importância do reflorestamento, mas alguns moradores não se sentiam responsáveis para colaborar na melhoria do lugar (TINOCO; CORDEIRO; e SILVA, 2013).
A sensibilização para engajamento e ações voluntárias pode acontecer em qualquer lugar seguro. Entretanto, vemos praças coladas a escolas que ainda não são muito exploradas como territórios de aprendizagem para potencializar o senso de pertencer e a cidadania.

Participação das necessidades de mudanças e poder da comunidade de direcionar os recursos para atender às prioridades
Há necessidade de garantir e estimular a participação dos jardinenses na elaboração, implementação e no controle dos programas, projetos/atividades que afetam o futuro da comunidade.
É preciso focar os jardinenses interessados como sujeitos protagonistas de direitos de criar soluções para seus próprios problemas e de gerir seus bens comuns. Diversos documentos e leis defendem a participação dos jardinenses no desenho das políticas públicas.
No entanto, vivenciamos gestores públicos incapazes de construir e manter relações saudáveis, compassivas e confiáveis para alcance de objetivos comuns:  xingamentos, ameaças, intimidação semelhante à milícia feita pelos "Guardiões do Crivella", humilhação, mentira, incoerências temáticas, destruição de patrimônios.

Os jardinenses interessados esperam o apoio à colaboração dos governos e não competição.

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