ANOS 60 - Jardim Sulacap é “ponto de referência na Guanabara”, um dos bairros “mais simpáticos, mais acolhedores e progressistas”. Um lugar para “viver, morar e conviver”. Um cosmo de possibilidades!
Em 1962, o governo criou a Companhia Central de Abastecimento (COCEA, hoje CASERJ), com a Lei Estadual nº 173 de 27/08/1962, visando abastecimento sustentável.
Em 01/08/1963, o centro do bairro por ser ponto de convergência das principais das principais ruas e centro comercial e cultural, ganhou o primeiro mercado público do Estado da Guanabara, onde hoje funciona o Galpão Comunitário, na Praça Mário Saraiva.
O coração do bairro Jardim Sulacap, anos 60. Uma nova centralidade – modelo que passou contribuir para minimizar deslocamentos, inspirando, inclusive, outras localidades e, além disso, proporcionando qualidade de vida a seus moradores e usuários.
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Para ele, o Jardim Sulacap "era um ponto de referência na Guanabara de como era possível organizar a população com seus próprios recursos" e "chegar às soluções felizes" (Fonte: AGCRJ - Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro).
Desafios da época
Os moradores sofriam com problemas em diversas áreas do serviço público, como lazer, transporte, abastecimento de água, energia, limpeza urbana, manejo arbóreo, pavimentação, policiamento, e pressionavam o governo.
Água
O abastecimento de água era muito precário. Uma bomba d’água foi colocada na Av. Alberico Diniz com a Rua Pacífico Pereira para abastecer as ruas mais altas.
Aliás, O Rio em geral sofria com a crise de água e estava sendo construída a Adutora do Guandu, considerada a "Obra do século". Das três pontes-canais existentes, a maior é a adutora do Catonho, com 246 metros de extensão (para saber mais, clique aqui).
O Jardim Sulacap não sofria só com a falta de água, mas também com alagamentos. No mês mais chuvoso, nos dias 23 e 24 de janeiro, as precipitações foram respectivamente de 77 mm e 76,6 mm na Cidade. Os rios do bairro transbordaram (Correio da Manhã, 25/01/1967, p.8).
Pavimentação e outros serviços urbanos
Nos anos 60, a falta de mercado perto de casa e a falta de água não eram os únicos problemas. A pavimentação de algumas ruas, por exemplo, era um outro dos grandes problemas.
Manejo arbóreo
Aliás, O Rio em geral sofria com a crise de água e estava sendo construída a Adutora do Guandu, considerada a "Obra do século". Das três pontes-canais existentes, a maior é a adutora do Catonho, com 246 metros de extensão (para saber mais, clique aqui).
O Jardim Sulacap não sofria só com a falta de água, mas também com alagamentos. No mês mais chuvoso, nos dias 23 e 24 de janeiro, as precipitações foram respectivamente de 77 mm e 76,6 mm na Cidade. Os rios do bairro transbordaram (Correio da Manhã, 25/01/1967, p.8).
Pavimentação e outros serviços urbanos
Nos anos 60, a falta de mercado perto de casa e a falta de água não eram os únicos problemas. A pavimentação de algumas ruas, por exemplo, era um outro dos grandes problemas.
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Manejo arbóreo
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Rua João Carvalhal, com rua cheia de buracos e árvores mortas. No fundo, a Escola Visconde de Porto Seguro, em 1966. Av. Alberico Diniz chegou ser chama de "Av. do Mato". |
Transporte público
A população que dependia de ônibus para se mover para fora do bairro, principalmente para o centro, sofria com a superlotação e com a falta de abrigo de ônibus.
Em 1965, o arquiteto e urbanista Constantino Doxiádis entrega ao governador Lacerda o plano que previa a construção do corredor expresso na região, que ficou décadas no papel.
No ano de 1967, os moradores reivindicavam uma linha de ônibus direta até a cidade. A linha 270 havia sido retirada (Correio da Manhã, 15/9/1967).
A população que dependia de ônibus para se mover para fora do bairro, principalmente para o centro, sofria com a superlotação e com a falta de abrigo de ônibus.
Em 1965, o arquiteto e urbanista Constantino Doxiádis entrega ao governador Lacerda o plano que previa a construção do corredor expresso na região, que ficou décadas no papel.
No ano de 1967, os moradores reivindicavam uma linha de ônibus direta até a cidade. A linha 270 havia sido retirada (Correio da Manhã, 15/9/1967).
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Ponto de ônibus da Estrada Marechal Fontenelle: sem abrigo, a população esperava um transporte de péssima qualidade, que vinha lotado e não tinha hora certa para passar. (Fonte: Correio da Manhã, 12/02/1967). |
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Rua Desem. Oliveira Sobrinho, Jardim Elisa (Correio da Manhã, Coluna do Gerico,10/10/1967, p. 4). |
Ruas crateradas
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Av. Albérico Diniz. Fonte Correio da Manhã, 14/07/1968, p.18. |
No dia da inauguração do Mercado Jardim Sulacap, 01/08/1963, a Associação de Amigos do Jardim Sulacap (AAJJ) aproveitou a oportunidade e fez solicitações ao governador Carlos Lacerda para recuperar as ruas por onde passavam os ônibus (Ruas Fernandes Sampaio, Pacífico Pereira, Euzébio de Almeida); assumir o aluguel do posto policial mantido pela associação dos moradores junto com o comércio local, construir um ginásio e instalar um telefone, pois só havia 4 aparelhos no bairro (Fonte: AGCRJ - Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro).
Depois de dizer que o problema da pavimentação seria resolvido, o governador esculachou o representante da empresa por causa da pavimentação precária.
Praças e jardins precisando de zelo
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Correioda Manhã, 4/12/1968, p. 3. |
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Atual Praça H e no fundo a Escola Visconde de Porto Seguro. Fonte: Correio do Manhã, 10/11/1969, p.26. |
Diversas solicitações, refletindo às necessidades da comunidade. No entanto, o que se via era a gestão municipal envolvida em corrupção.
Se decidissem fazer (entre o não fazer e o pensar negativo), vendo os desafios como oportunidades, o Jardim estava ali como um mundo, um cosmo de possibilidades em diversas áreas: manutenção das praças, jardins, manejo de árvores, manutenção das vias, transporte e outros serviços.
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