Jardim Sulacap de Recife, Pernambuco
Você sabia
disso? Sim, o mesmo nome do nosso bairro, só que recifense.
Em
1947, enquanto ainda estava sendo estabelecido o projeto definitivo de
urbanização do nosso bairro jardim, o loteamento Jardim Sulacap de Recife “já
se encontram em franca realização”, é o que diz o Relatório da Sul América de 5
de abril de 1947.
Os
lugares nasceram com o mesmo nome, criado pela mesma empresa, mas lá o
loteamento Jardim Sulacap faz parte do bairro nobre Parnamirim. O loteamento
carioca virou oficialmente bairro em 1981.
Referência
BRASIL. Relatório da Diretoria da
Sul América Capitalização, de abril de 1947. DIÁRIO OFICIAL da União, Distrito
do Rio de Janeiro, 5 abril de 1947. Seção 1, p. 4623. Disponível em:
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/2278859/pg-55-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-05-04-1947
Asilo de Alienados na Fazenda dos Afonsos, onde hoje é o Jardim Sulacap
Obra de José Alberto de Almeida. Fonte: Museu de Imagens do Inconsciente |
Grandes mudanças ocorriam na psiquiatria
brasileira no início do século 20, sobretudo pelo Decreto nº 8.834, de 11 de
julho de 1911, que reorganizava a assistência aos doentes mentais, chamados de
alienados. Para aliviar os doentes das péssimas condições, em 1911, o governo
federal queria transferir as colônias da Ilha do
Governador para a Fazenda dos Afonsos, onde hoje é o bairro Jardim Sulacap.
Frente à situação crítica em que se achavam os doentes, o médico psiquiatra
Juliano Moreira pressionava os poderes públicos no sentido de resolver os
problemas.
Relatório de 1912 diz que a
transferência dos doentes psiquiátricos não havia ocorrido, pois a Fazenda dos
Afonsos ainda aguardava a “construção de pavilhões apropriados e outras obras”.
Esse novo estabelecimento seria responsável pelo fim das colônias daquela ilha e pelo alívio do excesso de internados. Deste modo, a comissão de inspeção previa “com toda segurança os magníficos resultados que as medidas governamentais” causariam.
Porém, por algum motivo, a mudança de endereço não ocorreu.
Esse novo estabelecimento seria responsável pelo fim das colônias daquela ilha e pelo alívio do excesso de internados. Deste modo, a comissão de inspeção previa “com toda segurança os magníficos resultados que as medidas governamentais” causariam.
Porém, por algum motivo, a mudança de endereço não ocorreu.
Referências
As comissões de inspeção. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, p. 137. Disponível em: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/21916/21916_5.PDF
OLIVEIRA, William Vaz de. A assistência a alienados na capital federal da primeira república:
discursos e práticas entre rupturas e continuidades. Tese (doutorado)
Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia,
Departamento de História, 2013, p. 252. Disponível:
http://www.historia.uff.br/stricto/td/1489.pdf.
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