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04 julho, 2015

CARACTERÍSTICAS

Perfil dos moradores


O sulacapense é um carioca que tem um modo de vida ligado à natureza e tem por tradição a luta em defesa da conservação ambiental  e melhoria do bairro.


Os dados e as informações a seguir se referem aos limites oficiais do Jardim Sulacap (Decreto n° 3.158, 23/7/1981).
Os dados do Censo IBGE e de outras fontes ajudam a traçar o perfil sulacapense.   

Somos a comunidade que continua defendendo o Jardim Sulacap
Jornal do Brasil, 24/11/1987. 
O carioca sulacapense tem um modo de vida tranquilo ligado à natureza ao redor de suas casas, conhecem os desafios encontrados e enfrentados na realidade social e cotidiana onde vivem. O modo de vida do sulacapense foi construído ao longo dos anos.
A comunidade sulacapense tem um histórico de luta na defesa de um bairro verde, limpo, saudável, bonito, tranquilo e que protege os animais, visando a qualidade de vida e bem-estar para todos.
A primeira associação de moradores nasceu em 1958, de lá pra cá teve outras. Hoje, a atual associação busca torna o bairro mais seguro, resiliente e sustentável.

Evolução da população
1980 – 9.561
1990 – 9.473
2000 – 11.221
2010 – 13.062

Densidade populacional
O território onde atuamos a densidade girava entorno de 1,659 hab/km² em 2010, considerando a área total do bairro. Tínhamos 13.062 moradores dividindo uma área urbana de 1,925km², cerca de 6,78 hab /k.

IDH
Numa escala de 0 a 1, tem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto, de 0,944, com a área longevidade indicando 0,888; educação 0,989; e renda 0,957 (Wikipédia). Se fosse um país, o bairro teria um IDH comparado ao da Suíça.
Já o IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano do Município apontou índice de 0,889 (ATLAS, 2010), comparado com o da República Checa.
No entanto, apesar do IDH alto, é perverso falar que está indo tudo bem quando há pobreza e desigualdade, quando a vida não é levada com facilidade até o fim de cada mês. E essa é a situação de muitos sulacapenses.

Economia (renda)
Dentro do Jardim Sulacap, como em qualquer outro lugar do planeta, uma questão muito importante é: como as pessoas sequer podem começar a pensar em construir resiliência contra os impactos negativos futuros se as suas necessidades básicas e fundamentais (como alimento, lazer, segurança, vida comunitária, compreensão, identidade, entre outros) não estão sendo satisfeitas aqui e agora?
Do total de 11.706 sulacapenses, com mais de 10 anos, 879 (7,51%) viviam com menos de um salário mínimo e 4.106 pessoas (35,08%) viviam sem renda. O salário mínimo era R$ 510,00, segundo o IBGE de 2010.
A metade dos sulacapenses vivia com renda inferior a R$ 800,00. Sulacapenses que viviam com menos de três salários mínimos (R$ 1.530,00) eram 7.569 (64,65% dos sulacapenses com mais de 10 anos). Pessoas com mais de 18 anos que viviam com até um salário mínimo eram 1.821 (13,94% da população) (IBGE, 2010).
Dos 7.600 moradores com renda, 35,91% da população vivia com renda abaixo do salário mínimo suficiente para sustentar uma família (IBGE, 2010).
Em 2010, segundo o DIEESE, o valor cesta básica ficou em R$ 242,67 no Rio. O salário mínimo suficiente para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 2.227,53, o que era 4,37 vezes o mínimo na época, de R$ 510,00. Em 2018, o salário mínimo era R$ 954,00 e o suficiente para se sustentar era R$ 3.960,57 em dezembro.  

Conhecimento e sensibilidade - cabeça e coração

Conhecer o bairro, as suas fragilidades e potencialidades, ajuda, mas ter posse das melhores informações e evidências não significa que todas as pessoas estão sensíveis diante da degradação da vida.
O Jardim é atendido por várias escolas particulares, três escolas públicas municipais, uma universidade e 99,14% dos sulacapenses estavam alfabetizados em 2010. Analfabetos sem renda eram 43 pessoas (IBGE). O índice de acesso ao conhecimento é alto.

Porém, uma pesquisa de 2013 detectou que, ao redor da APA do Morro do Cachambi, um grupo de sulacapenses tinha consciência ambiental, mas isso não significava que todas as pessoas desse grupo se sentiam responsáveis para colaborar, direta ou indiretamente, em ações para melhorar a área onde vivem (CORDEIRO, 2013).
Portanto, o trabalho para sensibilizar as pessoas, principalmente as crianças sobre os assuntos de interesse da comunidade, importa.

Idades 
A inclusão das idades está no nosso coração. 
No bairro, 16,97% da população tinha menos de 11 anos; adolescentes (12 a 18 anos) era 9,87% em 2010; jovens entre 19 e 24 anos era 7,84% da população; entre 30 e 64 anos era 50,61% da população; e sulacapenses com mais de 65 anos eram 10,45% (IBGE).

Diversidade de cor, idades e gerações, trazendo ao bairro uma riqueza de ideias, necessidades e interesses, que geram inovação.
No Jardim Sulacap, há cinco gerações de culturas diferentes vivendo juntas, dividindo a mesma área urbana de 1,925 km². A cor da cultura abrange cinco tons: população que se dizia branca era 47,73%; parda era 43,13%; preta era 7,61%; 1,09% amarela; e 0,43% era indígena (IBGE, 2010).
Considerando dados do IBGE de 2010 e estudos das gerações:
  • Geração Z (nascidas entre 1995-2010) era 18,70% da população. 
  • Geração X (1960-1980) representava 24,92% dos sulacapenses. 
A geração X é aquela que vai atrás do conhecimento. Apresenta conhecimento embasado e mais aprofundado sobre temas, o que reflete positivamente na hora de elaborar uma apresentação. Tem interesse em trabalhar com liberdade, flexibilidade e criatividade do que somente por dinheiro.
Segundo pesquisa, a geração Z quer mais ações para um futuro sustentável. Ela não tem medo de mudança. 
“Laços fracos”
O grande problema da geração Z está relacionado à interação social, pois vive mais isolado, mas com sua leitura sustentável pode ser útil nas transformações que o bairro precisa. 
Não temos dúvida que a geração Z possua grandes e importantes habilidades tecnológicas, mas, conforme especialistas e concordamos, as pessoas Z tendem ao individualismo, dificuldade de se estabelecer vínculos com outras pessoas.
Ou seja, temos provavelmente mais de 18% da população com grande dificuldade de se aproximar de outras para trabalhar bem em conjunto.

Posições ideológicas: o perfil (atual) conservador do sulacapense

O sulacapense é mais conservador, menos radical e menos ainda moderador. Pelo menos, é o que parece na hora de votar. Dentro do conjunto de alternativas disponíveis, as escolhas são feitas e o posicionamento aparece. A evidência de que o sulacapense tende a ser mais conservador vem da pesquisa realizada pelo jornalista Alexandre Madruga em 2014 e 2018.

Referências 

CORDEIRO, Isabelle da Rocha Silva; TINOCO, Bruno Roberto Batista; e SILVA, Fernanda Avelino Capistrano da. Percepção dos moradores do entorno da APA do Morro do Cachambi, Jardim Sulacap, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ciência Atual, 2013. Disponível em http://inseer.ibict.br/cafsj/index.php/cafsj/article/view/9/pdf.  Último acesso em: 16/04/2019.

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Pesquisa nacional da Cesta Básica de Alimentos. Disponível em: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html. Acesso em: 16/04/2019.
MADRUGA, Alexandre. Votação de Jardim Sulacap e Campos dos Afonsos 2018. Sulacap News, 11/10/2018.
MADRUGA, Alexandre. Votação de Jardim Sulacap e Campos dos Afonsos 2014. Sulacap News, 7/10/2014.

https://escoladainteligencia.com.br/caracteristicas-da-geracao-z-e-as-suas-influencias-em-sala-de-aula/
http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Artigo/9251/a-geracao-z-e-a-sustentabilidade.html
https://www.oficinadanet.com.br/post/13498-quais-as-diferencas-entre-as-geracoes-x-y-e-z-e-como-administrar-os-conflitos
https://exame.abril.com.br/negocios/releases/a-geracao-z-quer-mais-acao-para-um-futuro-sustentavel-revela-a-pesquisa-global-da-masdar/

Wikipedia.https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_bairros_do_Rio_de_Janeiro_por_IDH

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