Os bairros precisam de modelos
de boas atitudes para inspirar e promover mudanças concretas
No Rio, infratores não estão dando
chance às suas vítimas. Além de levar os bens (bicicleta, celular, joia,
liberdade de ir e vir, o respeito, a dignidade), os criminosos também querem as vidas das
suas vítimas. O que está acontecendo em outros bairros também pode acontecer em Jardim Sulacap.
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Fonte: http://noticias.uol.com.br
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Segundo os especialistas, os
ataques contra os pedestres e ciclistas cada vez mais cruéis e impiedosos não pode ser
atribuído só aos infratores que tem problemas mentais, mas também aos transgressores
que aprenderam com os modelos de vida – estilos insustentáveis - do ambiente
onde vivem e convivem (O Globo, 24/5/2015, p. 19).
É uma questão de valores. Sem incorporar
valores às nossas ações vamos contribuir muito para uma cidade desumana. Em diversos bairros da cidade, a vida alheia é desvalorizada, o desrespeito ao próximo é valorizado, assim
como a desobediências às regras mais básicas de convivência é valorizada.
Na verdade, fazer uso de palavras
para educar e orientar os outros e não praticá-las é sim uma grande insensatez.
Os pequenos não aprendem de forma eficaz só com palavras, mas sim da forma como
nos observam a fazer as coisas e nas atitudes que temos no dia-a-dia da nossa
vida. Num ambiente onde a violência reina, onde o estilo de vida inspirador é de quem é o mais violento, poderoso, temido e, ao mesmo tempo, o mais injusto e encrespado que adora ostentar sua riqueza, as crianças tendem a imitá-lo.
A impunidade, a falta de educação baseada em valores sustentáveis, a falta de bons exemplos dos pais ou responsáveis contribuem para explicar a escalada da desumanidade que o Rio de Janeiro está enfrentando atualmente.
Uma cidade-bairro que se diz
inteligente, deseja até disputar o título de inteligente, tem que provar com boas
ações e atitudes que, efetivamente, evitam ou amenizam os impactos negativos.
Numa sociedade organizada, grupos
de empresas, setores do governo, grupos de instituições de ensino, grupos de igrejas,
ONGs, associações, grupos de moradores, devem estar atentos para essas questões e agir.
Temos que trabalhar muito e constantemente
para que os pequenos não tenham dificuldade de se colocar no lugar do outro, de
se identificar com a dor alheia (sejam eles cadeirantes, pedestres, ciclistas,
motociclistas, motoristas). Temos que criar possibilidades para que as crianças encontrem bons exemplos de atitudes em toda parte, seja em casa, na escola, na rua.
O
momento é agora. Quem quiser se candidatar à vaga de modelo de atitudes positivas para inspirar e promover mudanças nos outros, por
favor, pode se manisfestar por mensagens ao blog e deve se manisfestar muito mais com atitudes que sustentam os valores que salvam, seja em casa, na escola, na universidade, no trabalho ou na
rua.
A JSBS fornece não só informações, mas também gera conteúdo que educa, disciplina, orienta,
sensibiliza as pessoas para agir em favor da própria vida e da vida alheia.