08 outubro, 2015

CHECAGEM

Refletir e Comemorar 


Checar faz parte. Se falamos que temos compromisso de tornar a comunidade e o bairro mais sustentável, estamos sujeitos a verificação e contestação.
Sem dúvida, podemos refletir sobre onde chegamos; incentivar conversas sobre o que está funcionando bem e o que pode ser melhorado; comemorar as conquistas; identificar áreas que precisam de mais recursos; e descobrir os próximos passos.

Podemos pensar a checagem como se fosse um animal – o nosso gambá:
mundo ao redor do gambá, que temos muito no bairro, é parte de um movimento que tem como objetivo tornar o mundo melhor. Não estamos sozinho. Há mais pessoas agindo como nós.
Checagem da conduta do grupo como animal.
Os olhos representam a visão realista e positiva que ajuda a fornecer um foco real para o nosso grupo, além de ajudar a comunicar o que estamos fazendo, por qual motivo e ainda inspirar as pessoas a se envolverem.
Imaginamos o Jardim Sulacap mais resiliente e saudável.

A cauda representa a reflexão, celebração das conquistas e da diferença que estamos fazendo no bairro. Paramos para refletir sobre como estamos nos saindo e gostamos muito das pausas para celebrar as conquistas que estamos fazendo no bairro.

As quatro patas representam os alicerces sem as quais o nosso grupo não vai a lugar nenhum:
1) Grupo de pessoas. A parte da comunidade sulacapense que traz resultados positivos para o movimento comunitário. Há quem crê que anjos cairão do céu para tornar o mundo melhor, para fazer o que fazemos.

2) Envolvimento comunitário. A comunidade sulacapense está no coração do JSBS e a atitude de amor ao lugar, de cuidado e solidariedade se manifesta na prática do dia-a-dia e nos afazeres das coisas que fazemos, indo além do discurso. Buscamos envolver as pessoas, respeitando as personalidades e diferenças. Falamos com o coração repreender ações insustentáveis e desafiar mensagens falsas. Usamos linguagem fácil e até metáforas para cativar.


Na fazenda comunitária - nosso cantinho rural -, há quem chega e puxa uma conversa e oferece ajuda. É onde podemos fazer novas amizades, combinamos mutirões e onde acontecem as nossas festas junina e da primavera.

A comida é uma agregadora muito importante para nós. Usamos para acabar com a formalidade e estreitar relações, bem como para distinguir a comunidade e o bairro. Churrasco, feijoada, frango com ora pro nobis, sopão com alimentos da horta comunitária  são pratos deliciosos. Isso torna tudo mais humano e aceitável, é o que fazemos.



Na Festa da Primavera, desde 2016, aproveitamos para repensar sobre as nossas prioridades, refletir sobre as nossas ações, as pessoas e sobre os espaços ao redor. Também buscamos aumentar o nosso poder de criação. É quando convidamos as especialistas em criar visões positivas - as crianças - para imaginarem o lugar que querem habitar.

3) Colaboração e parceria. Buscamos parcerias em prol das ações locais para alcançar objetivos comuns e ampliar a chance de sucesso do movimento para realizar mudanças tangíveis.
Como rede, trocamos ideias, experiências, materiais, sentimentos, projetos e estudos.

Parceiros da Festa Junina 2019.

Manjericão, mostarda, coentro, entre outras plantas, as abelhas também adoram, por exemplo. E, assim, mantemos boas parcerias, cuidando delas em vez de subjugá-las.
4) Diversas ações positivas. São respostas locais para nossos desafios: ação de produção e compartilhamento da história local para estimular outros lugares, mostrar que uma mudança para uma cultura mais justa e saudável é possível; manutenção da fazenda comunitária (horta, pomar, agrofloresta, colheita solidária); aproveitamento e reciclagem; ações de sensibilização; festas comunitárias.

Para onde estamos indo agora?
"Pra onde tenha o Sol/ É pra lá que vou", como diz a música de Jota Quest. As possibilidades positivas é o nosso foco. Começamos com a história local em 2013, depois veio horta comunitária em 2016, depois agrofloresta, pomar, jardins, organizamos festas comunitárias, reciclamos resíduos, derrubamos barreiras, construímos pontes, criamos parcerias.
Fazemos tudo para a imaginação do espírito criativo nos encontrar e tirar do conforto, brincar, cantar, dançar, expressar algo novo ou inusitado que foge das ideias habituais, tirando orgulhosamente o grupo do lugar comum.

O nosso movimento é ambicioso. Ele é vacinado contra “Síndrome do Hardy” 
 
Hardy, desenho da Hanna-Barbera, inspirado em pessoas pessimistas. Contrariando a sua natureza, a hiena vive em lamúrias.

O que fazemos, o que criamos, é limitado só pela nossa criatividade e pelo ponto até onde nós nos permitimos acreditar que é possível agir na direção dos nossos sonhos, interesses, objetivos e metas. Contudo, tão importante o que fazemos, é como fazemosAssim, abertos a diversas possibilidades, mantemos a nossa inspiração elevada, mudando o mundo a partir do bairro que vivemos e trabalhamos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário