31 maio, 2016

Com quantos metros de Mata Atlântica se faz uma Olimpíada?

Whith How many meters of Atlantic Forest we do the Olympics?


A licença ambiental ilegal usada pelos exploradores de saibro no Catonho foi 19 mil metros quadrados a mais do que o limite estabelecido.
Falha no sistema. Em entrevista no Fantástico (15 de maio), o secretário de Ambiente do Rio, André Corrêa, disse que houve um erro no cálculo, causado por falha no sistema que mede a área, o GPS.
Mais de seis caminhões de saibro por dia saíram da região somente para a obra da Transolímpica.
Isso mostra o imperativo de frear o desmatamento, recuperar o que foi degradado, ampliar o número de áreas protegidas e melhorar a gestão e fiscalização de áreas protegidas.

22 maio, 2016

Dia Internacional da Biodiversidade

22 de maio: Dia da Biodiversidade

O Dia da Biodiversidade, celebrado no 22 de maio, tem como objetivo ampliar a compreensão e a consciência acerca das questões de biodiversidade. 

Tucano de bico preto em um vale atrás do Jardim da Saudade, 2012. Foto do morador Aisse Gaertner.
A biodiversidade é a base da saúde do Planeta e tem impacto direto sobre a nossa vida. Na incrível teia da vida, cada espécie de plantas, animais, microrganismos tem a sua função.  O nosso patrimônio natural é composto por plantas, animais, terra, água, a atmosfera e os seres humanos! Juntos, fazemos todos parte dos ecossistemas, o que significa a falar que, se houver uma crise de biodiversidade, nossa saúde e meios de subsistência também entram em colapso.
Os sulacapenses, como boa parte dos cariocas, têm um forte sentimento de orgulho pelo meio ambiente e pelas belezas naturais. Sabem da importância da proteção do meio ambiente e da floresta. 
No entanto, raramente, os governos - que deveriam dar exemplo - consideram os benefícios econômicos e sociais da natureza em suas políticas e atividades. Isso está levando à destruição dos ecossistemas naturais e compromete o nosso futuro.
Grande desmatamento da floresta de Mata Atlântica e exploração ilegal de saibro para as obras de legado olímpico no Rio de Janeiro.
Sobre o tucano
O tucano é uma ave da família Ramphastidae. O tucano da foto é da espécie tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus ariel), que costuma medir 46 cm, tem plumagem negra, garganta laranja e amarelo, peito vermelho, bico preto com detalhe de cor amarela na base e contorno dos olhos vermelho. 
Ave muito bonita que causa admiração aos olhos de quem o vê. Vive em pequenos bandos. São grandes dispersores de sementes. Além de sementes, comem insetos, ratos, ovos e filhotes de outras aves.
Na época da reprodução, a fêmea – a “tucana” - bota cerca de quatro ovos e fica chocando os ovos cerca de 20 dias. O macho alimenta a fêmea neste período. Os ninhos são construídos em árvores. Tucanos não são animais migratórios. Se deixarem, podem viver uns 40 anos.

20 maio, 2016

Anos 80 - O Bem Viver em carne e osso!

Anos 80 - Transição para a democracia e o movimento em defesa do jeito de viver conscientemente conectado com a natureza ao redor - a busca do Bem Viver em carne e osso!

Acervo Amisul.
Éramos 9.561 sulacapenses nos anos 80. O Brasil estava com graves problemas econômicos e por isso os anos 80 foi chamado de década perdida.
O bairro Jardim Sulacap foi emancipado pela Prefeitura, com o Decreto n° 3.158/1981. 
Em 1984, o movimento Diretas Já pedia a volta das eleições diretas para presidente do Brasil.
Machado de Assis já havia falado da democracia que se faz a cada momento com emoção e em carne e osso; sem ficção no diálogo, sem a costumeira malandragem e fora do papel e do discurso. Era a democracia que queríamos e precisávamos.
É uma coisa santa a democracia – não a democracia que faz viver os espertos, a democracia do papel e da palavra – mas a democracia praticada honestamente, regularmente, sinceramente.” (Machado de Assis, Crônicas)
No entanto, nos anos 80, o País sofria com o improviso compulsivo. Nada de ninguém dar o planejamento como remédio. Parecia que era só improvisar e tudo em um passo de mágica ficaria tudo muitíssimo perfeito. O despreparo que o governo tinham para a sociedade era tão visível quanto o governo parecia ser de ficção.
Mas nem tudo foi perdido, pois no ano de 1985 tivemos o fim da ditadura, ganhamos a democracia, embora continuássemos com velhos representantes da política anterior. Dando continuidade ao movimento de moradores que busca melhorias, a Associação de Moradores Jardim Sulacap - AMISUL foi criada em 1985.
Foi nesse período que um grupo de moradores, organizado pelo diretoria de meio ambiente da AMISUL- foi à Praça H, ruas e morros para defender o modo de vida conectado com natureza. 
Foi um movimento lindo a favor da arte do bem viver nutrido de muita alegria, liberdade de expressão e razão. É sobre isso que estamos falando sempre: a busca do bem viver em carne e osso!

Campo da Praça H, década de 1980. Fonte: acervo da Amisul.

Com muita alegria, amizade, batucada e faixas, o clima era de festa comunitária. Adolescentes, jovens e adultos eram voluntários no movimento. O movimento pelo bem viver começou a saracotear na Praça H.




Depois o movimento se estendeu para ruas, praças e morros em defesa do costume de viver  em harmonia com os animais silvestres, árvores, paisagens dos morros ao redor. Tudo isso combinado com com o ambiente calmo, sereno e tranquilo.


Quadra da Praça Hdécada de 80. Fonte: acervo da Amisul.


Moradores inconformados
O movimento se deu com os inconformados contra destruição da nossa terra-pátria, que é o bairro - o chão que pertencemos como sujeitos. Os conformados jamais pensam em mudar rumo da história. Os livres, lutam!
Mais do que as forças naturais, as pedreiras Italva e Belmonte representavam o principal fator de mudança na paisagem do Jardim Sulacap. Elas afetavam visivelmente a vida de todos da comunidade sulacapense.
Quando descobriram que a exploração de pedras pela empresa Italva iria avançar para outro morro, os moradores não se calaram e foram às praças e ruas de forma organizada, sem perder a razão e a disciplina. Tudo na moral!
O local de exploração era entre a Av. Carlos Pontes e o trecho do Catonho, no Vale da Carioca. 
Respeito ao jeito carioca sulacapense de viver conscientemente conectado com todas as outras formas de vida dentro da comunidade para manter o bem viver de todos.

Jornal do Brasil, 24/11/1987.

O modelo de exploração de pedreiras, que privilegia a riqueza material acima da vida das pessoas, foi questionado e argumentado na época. O movimento desejava um outro modelo de uso dos elementos naturais no Jardim Sulacap - um que privilegia o bem viver de todos

"As pedras são de grande valor comercial, vendidas a ótimos preços para o Japão e Alemanha, mas também representam, quando retiradas, um alto custo para a paisagem do Rio". "Não se pode argumentar que uma atividade como a exploração de pedreiras represente lucro, emprego, sem levar em conta os danos ambientais que acarretam. O verde também é bem-estar, é benefício" – Lúcio Lemos, lembrando que “moradores do bairro não só se acostumaram a admirar os morros das cercanias, como excursionam por eles, admirando plantas e aves” (Jornal do Brasil, 24/11/87).
"Boa parte da comunidade está consciente do significado da natureza como fator de manutenção da qualidade de vida", disse Heloísa Massad, presidente da AMISUL (Idem).

Participação e apoio às ações sustentáveis prioritárias

Seja parte da solução

Operários (1933), de Tarsila do Amaral.
De um lado, temos manifestação de várias atividades predadoras, gerando terríveis efeitos sobre o meio ambiente, a diversidade de animais e plantas e sobre a diversidade de moradores. Do outro lado, temos a não participação de quase a totalidade dos moradores na construção de seu futuro.
Porém, devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável baseada no respeito mútuo, no respeito pela natureza, no agir para o bem comum, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. 
Precisamos todos mostrar maturidade, planejar e implementar as nossas próprias alternativas às políticas (ambientais, sociais, econômicas, culturais) vigentes.

Por que alternativas de soluções para nossos problemas devem surgir do berço da sociedade?
Temos bons motivos:
  • Ninguém conhece nossos problemas urbanos melhor do que nós mesmos. A chance de pessoas de fora conheçam a nossa realidade e tenham soluções adequadas é bem pequena;
  • quem sofre as consequências dos eventuais erros somos nós (aqueles que ficam) e não os de fora (aqueles que vão embora depois da obra pronta, por exemplo);
  • querendo ou não, as políticas (ambientais, sociais, econômicas, culturais) impactam nossas vidas. Então, é preciso cobrar dos políticos engajamento e ações para as questões socioambientais no bairro. Mostrando sinais claro de maturidade, precisamos ajudar e fazer projetos e acompanhá-los até a sua execução, uso, proteção, conservação e preservação. 
Cada um de nós (sulacapense de nascimento ou de coração) tem como contribuir para construção de um Jardim Sulacap melhor para todos.

Como posso ajudar?
  • Participe das reuniões da associação de moradores;
  • assine as petições de interesse coletivo;
  • envolva seus vizinhos, amigos na promoção de mutirões de embelezamento do bairro;
  • Atue nos projetos socioambientais do Jardim Sulacap;
  • Monte comissão para acompanhar obras de relevância;
  • questões levantadas por um grupo de moradores e amigos de bairros vizinhos podem ser discutidas num lugar (físico e/ou virtual) comum onde ninguém será hostilizado por expor, compartilhar ideias, experiências e inovações;
  • Proteja as áreas verdes e espaços livres ao seu redor;
  • Não pare com o seu carro na calçada ou em cima de uma praça;
  • não compre saibro de exploração ilegal. Certifique a origem, pois pode ser da extração predatória de saibro do Catonho;
  • Participe e apoie eventos locais que promovam uma vida mais harmoniosa com as pessoas e com a natureza;
  • Divulgue a história e a floresta local, visando despertar o sentimento de pertencimento principalmente das crianças por cada pedacinho do bairro. Com isso, podemos ganhar mais guardiões para que o Jardim Sulacap seja mais bem cuidado.
Somar forças. Participe!

NOSSAS AÇÕES
Além de divulgar a cultura e a história local, sensibilizar e conscientizar, a JSBS identifica áreas de interesse histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, ecológico e científico e ações prioritárias que visam a valorização e conservação da identidade e diversidade da cultura local. Antes, por exemplo, os moradores não tinham reunidos num só lugar informações ambientais, culturais e históricas.
Além disso, nos trabalhos de pesquisa são combinados conceitos de diferentes áreas do conhecimento técnico-científico (viva a inovação e a criatividade!).
Incentivamos a participação dos moradores na transformação urbana e propomos a criação de área de interesse simbólico-cultural e paisagístico, visando conservar áreas em face das ameaças e dos problemas que estão ocorrendo.
Preparamos material para palestra educativa sobre a história local, visando aproximar o coração das pessoas ao coração da Mata Atlântica e de outros pedacinhos do bairro. Ajudamos a fazer projetos urbanos.
Também ajudamos no fechamento de parceria (como acordo de cooperação técnica-científica) entre entidades para criar paisagens onde os tesouros biológico-ambientais e culturais sejam salvaguardados, enquanto os direitos dos moradores sobre os recursos sejam assegurados e ajude a melhorar a vida e aliviar a necessidade.

Plante sustentabilidade. A ira, o ódio, a intolerância, o desrespeito, a promoção do mal-estar, a irresponsabilidade, a desobediência às regras são valores que não combinam com o plantio de jardins floridos e de árvores. O amor combina com a construção do Jardim Sulacap que queremos.


19 maio, 2016

Montanhas arruinadas em nome dos Jogos Olímpicos de 2016

VALE DA CARIOCA, CATONHO


Our mountains and our land are being ruined for the Olympics

Na tocha olímpica, uma das curvas simboliza as montanhas e uma outra, o chão.
“As Montanhas – A beleza natural do Rio, expressa nas curvas verdes de seus morros e vales”.
“O Chão – Nossa terra, que faz parte da nossa história. Representada pelo calçadão de Copacabana, o pedacinho de chão mais famoso do Brasil”.

Nossas montanhas e nossa terra estão sendo arruinadas para as obras de vários legados olímpicos, como o Novo Elevado do Joá, Parque Olímpico da Barra, Complexo de Deodoro, além da via Transolímpica.

As montanhas arruinadas e as crateras no chão não simbolizam nada de olímpico. Definitivamente, isto não é olímpico. 

18 maio, 2016

ISTO NÃO É OLÍMPICO / THIS IS NOT OLYMPIC

Adaptado de G1.
Hoje, estamos sendo testemunha de uma história de degradação ambiental com a exploração desrespeitosa, inadequada e ilegal de saibro para as obras de legado das Olimpíadas de 2016.
As olimpíadas deve expor o que a humanidade pode fazer de melhor quando deseja ser melhor.
As Olimpíadas do Rio deveria inspirar-nos a falar do melhor da humanidade.

Não dá gente. Sinto muito em dizer, mas isto não é olímpico.

Se isso é o melhor que a humanidade deseja e pode fazer, estamos perdidos, fora do caminho.
SOMOS TODOS NATUREZA, a espécie humana que depende do meio ambiente saudável. É preferível perder uma possibilidade de medalha de ouro do que perder a esportiva e o respeito pela Natureza.

Feira de trocas

ESCAMBA! Feira de trocas

LAENCASA realizará um feira em que as pessoas podem trocar objetos entre si, além de tudo... se divertir, fortalecer e fazer novas amizades!

Doar, compartilhar, trocar são verbos do chamado consumo consciente e colaborativo.
Gente, a família LAENCASA realiza um trabalho pioneiro e tem um espaço cultural dinâmico, ativo em Jardim Sulacap e vai reunir plantio de horta, tecnologia, troca de objetos e saberes, oficina de produtos naturais, música...  
Com a feira de trocas, fica mais fácil sustentar um estilo de vida que mostra respeito pelo Planeta, promovendo economia sustentável entre os participantes.

Parabéns LAENCASA! Por isso, temos esperança, ainda que em tempo de crises.

Para quem ainda não sabe, o espaço cultural fica na Rua Euzébio de Almeida nº 2483. O evento será no dia 5 de junho, às 15 horas.
Se quiser, leve uma canga para estender no gramado, sentar, conversar e curtir! Compartilhe!

HISTÓRIA SOBRE AS FEIRAS DE TROCA

As feiras de trocas surgiram nos anos 1980 e se baseiam em princípios da economia solidária: substituir o lucro, a acumulação e a competição pela solidariedade e pela cooperação da inteligência coletiva; valorizar o trabalho, o saber e a criatividade humana; buscar um intercâmbio respeitoso com a natureza.

Legado Ambiental

Adaptado de G1.
A organização olímpica do Rio não dá valor às questões ambientais

Diferente de Sydney 2000, que teve como maior trunfo a preocupação ambiental, o Rio de Janeiro não colocou o meio ambiente como prioridade, como item a ser valorizado.
Compensa investir nos Jogos? As olimpíadas de Barcelona 1992 (Espanha), Sydney 2000 (Austrália) e Pequim 2008 (China) comprovaram que sim, pois produziram resultados muito positivos. 
No Rio, mais especificamente em Jardim Sulacap, o investimento em infraestrutura viária vale a pena. O que não valeu foi o desmatamento na zona de amortecimento do Parque da Pedra Branca, a retirada irracional, inadequada, ilegal de árvores e de saibro que gerou a destruição ambiental no Catonho.

Além disso, as áreas remanescentes da obra Transolímpica até agora tem um significado preocupante: focos de doenças do Aedes, pontos de assaltos, de viciados, ilhas de calor, paisagens feias, possibilidade de invasão para moradia, desvalorização dos imóveis, perda de oportunidade de desenvolver atividades econômicas compatível com a vocação e identidade cultural do bairro-jardim, entre outros problemas. 

Problema histórico

Destruição de Mata Atlântica é um problema histórico

A exploração na área onde o saibro foi retirado para abastecer as obras olímpicas está na mira da Justiça há mais de 75 anos, quando a região era conhecida como Fazenda dos Afonsos. 

Em 1941, o Sr. Antônio Muniz foi convidado a comparecer ao Serviço de Correspondência do Departamento de Obras para legalizar e assinar o termo de responsabilidade referente à exploração de areia do Rio da Carioca, no Caminho da Carioca - Catonho.

Em 1993, a CGA Locação de Máquinas foi condenada pela destruição de 10 mil metros quadrados de Mata Atlântica. A tentativa de punir os responsáveis pelo estrago durou mais de duas décadas.
Em 2014, a CMX3 – de Crispim Gomes Alberto e seu filho, Crispim Augusto Lourenço Gomes – substituiu a CGA e finalmente fechou um acordo com o Ministério Público estadual (MP-RJ) para recuperar o espaço. Agora, em maio de 2016, a CMX3 foi pega com licença ilegal após investigação do Fantástico. A Secretaria de Estado do Ambiente suspendeu a licença de exploração do terreno. E o Ministério Público Federal denunciou Crispim por crime ambiental e pediu a suspensão das atividades da CMX3.

Fontes
G1. Extração ilegal de saibro abastece obra de legado das Olimpíadas do Rio http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/05/extracao-ilegal-de-saibro-abastece-obra-de-legado-das-olimpiadas-do-rio.html
BRASIL. Departamento de ObrasDiário Oficial da União. Rio de Janeiro, 14/6/1941, seção 2, p. 30. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/diarios/2360144/pg-30-secao-2-diario-oficial-da-uniao-dou-de-14-06-1941

Dia da Mata Atlântica

Ninho de um guaxo na Mata do Morro Cachambi (fonte: Eco Sulacap).

27 de maio: Dia da Mata Atlântica

Temos que encarar o desafio de proteger o que resta de mata dentro do bairro, dentro de cada um de nós. 
No dia 27 de maio (sexta-feira da semana que vem) comemora-se o Dia da Mata Atlântica. A data marca o imperativo de frear o desmatamento, recuperar o que foi (ou que está sendo) degradado, ampliar o número de áreas protegidas e melhorar a gestão daquelas existentes no Jardim Sulacap.
Fonte: G1, junho de 2016.
Quantas espécies ficaram sem casa, morreram, estão morrendo com a saibreira no Catonho. Estamos presenciando uma história triste de devastação de parte do que resta de Mata Atlântica. Caminhões carregados de toneladas de saibro não paravam de sair do bairro, gerando um grande e lamentável passivo ambiental.  

17 maio, 2016

"SOMOS TODOS OLÍMPICOS" - na dor ou na alegria

Fonte: Adaptado de G1.
Todos os envolvidos no Maior Evento Esportivo devem ser responsabilizados também pela Maior Degradação Olímpica no bairro. 
Governo e a iniciativa privada (apoiadores, patrocinadores) estão juntos. A via expressa só saiu do papel para servir de infraestrutura para atender essa edição de Jogos Olímpicos. O custo dela se transformará em rentáveis lucros políticos, econômicos e sociais.
Saibro – que é um tipo de argila - usado na construção foi retirado ilegalmente. Porém, deveriam verificar as licenças da fonte de extração, pois quem “compra” material de origem ilegal também pode ser autuado pela Justiça.
A recomendação é verificar se há autorização do Ministério de Minas e Energia (MME), registro no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), alvará municipal para depósito, licenciamento ambiental para extração, autorização para supressão de vegetação nativa/intervenção em áreas de preservação permanente. O comprador pode pedir para ver o alvará ou pesquisar o fornecedor no site do DNPM.

Enfim, “SOMOS TODOS OLÍMPICOS”. Juntos devemos assumir o compromisso pela recuperação e reintegração de todas as áreas remanescentes e degradadas para realização dos Jogos Olímpicos de 2016.


Legado olímpico para quem?

Violação da beleza natural existente para que a celebração tenha um reconhecimento internacional. Olympic legacy for whom?

Tristeza. Nunca mais esqueceremos das Olimpíadas de 2016. Paisagem degradada e violada, desrespeito aos moradores, desmatamento ilegal, exaustão dos recursos naturais usados na construção da via Transolímpica, ameaça à biodiversidade, colocando a comunidade também em risco.
Fonte: G1.globo.com
A organização da olimpíada está deixando o bairro um caos, essa é a opinião da JSBS. O governo e a iniciativa privada – os parceiros - não conseguem aliar a execução da obra de infraestrutura viária com outras políticas e diretrizes (ambientais, sociais, culturais) previstas no plano diretor de desenvolvimento urbano sustentável (art. 213, inciso IV da Lei Complementar n.º 111 de 1.º de fevereiro de 2011).
Os Jogos Olímpicos, atendendo interesse mais econômico do que esportivo, será realizado à custa do mal-estar (estético, cultural e ambiental) e do dano à saúde, em total desarmonia com o direito à cidade sustentável.

15 maio, 2016

Biodiversidade é a base de nossas vidas

22 de maio: Dia Internacional da Biodiversidade 

Próximo domingo é o Dia Internacional da Biodiversidade e há opções para quem deseja celebrar a data.
Você pode celebrar esse dia indo em uma das praças, morros do bairro ou visitar o espaço Eco Sulacap (na Rua Euzébio de Almeida, 1103), que tem no seu currículo o replantio de mais de 20 mil mudas de árvores nativas e o Morro Cachambi abriga diversos bichos. 

Na semana que antecede o dia, as escolas do Jardim Sulacap podem preparar uma programação especial para as crianças interagirem ainda mais e brincarem com a biodiversidade brasileira. Elas podem fazer máscaras de animais da fauna brasileira, como mico-leão-dourado, arara-canindé e bicho-preguiça, e aprender sobre seus hábitos, curiosidades e ameaças.
Clique no link  e baixe as máscaras para ensino e divulgação:
Lobo-guará
Onça-pintada
Mico-leão-dourado
Arara-canindé
Bicho-preguiça

As máscaras fazem parte do trabalho da Zoobloco - um bloco eclético e original, feito para ser uma grande curtição para crianças e adultos – e estão disponíveis no site da Fundação Cidades das Artes